Tento fechar meus olhos para impedir que mais de mim se derrame mas as palavras rasgam meu corpo compulsivamente...grito insultos à razão, ela cospe-me o rosto mostrando que nada posso fazer...
Calo-me...escuto o silêncio diluir minha calma, minha retidão, tão duvidosa quanto meus olhos neste agora... Enxergo os recortes borrados pela velocidade que me agrediu, e a umidade da omissão transpira por toda janela empoeirada de banalidades e subversão.
Todos podem me ver agora...catando o que restou das verdades que alcunhei...perco aos poucos minha invisibilidade, encolhendo-me nos frios cantos do meu universo paralelo à mim...
Há minutos atrás poderia,facilmente, esculpir soluções sob medida à ouvidos alheios mas, a chuva trouxe seus espelhos nas poças esquecidas...
Sugada,tive a imagem roubada no infinito de uma poça d’água...