segunda-feira, 24 de março de 2014

Quando trancados em público, ficam cegos em seus púlpitos, seus personagens sociais encantados. Aos cristais de luz, cabe à culpa, sua força jamais bruta, beija aos lábios sua palidez profunda.
 E de aparências se vive!
Hei de ser, mama, hei de Ser. Jurou ali descascando palavras. Lavrando entre roupas, o seu melhor terno de revolucionário.
Para cada dia, uma face comprimida, sua natureza em pílulas revelava-o inda principiante neste mundo de errantes. Vendeu-se fácil... menino!
Aos músculos desavisados, evoluir sentado é caso raro nestas terras.  Falo estrangeiro, sem intenção, cato palavras burras no chão e pra não embrutecer, lhes dou abrigo. Não há mesmo santidade, em egoísmos de bondade, quero mesmo é estar em paz com meus Budas, meus Alás, Krishnas e Jeovás, ou mesmo Jesus, ou Deus menino.
Esboços...

Não vejo nada em nadar. Falo silêncio para poucos.
Foi-se ali, sem a graça dos dramas, sem a força das tramas, meu amor em silêncios.
Mimética, minha fala contida, minha força falida, desfez-se no tempo que antecede a captura...
Foi-se ali!
Foice.
Ceifado, enlatado, e tão genérico quanto o discurso dos sábios diplomados, de agora.
Foice!
Mais um remendo, mais um cheiro que, ao tempo, hei de dar por batismo.
Por enganos e tolices, minhas crenças, meninices, inda conseguem carpintar castelos em lágrimas.
Sei, foi-se assim!
Foi-se assim!

Foice.
Mais um cristal rompido. E, a superfície que sorria, não mais, gritava flores por aí.
Num som cortante de silêncio infindo, correu desesperadamente seus olhos afogados e invisíveis canto a canto, e não buscou verdades reprimindo o medo, chorou os anos e a as dúvidas que por ventura tivesse, pela primeira vez. Jurou as carnes e a fome, abster-se de instinto ou qualquer nota que compusesse Amor... e ao retorno voltou-se o corpo, a mente , e as poeiras da memória; tão jovem e já morta.
Como a dúvida se alimenta da busca, emoldurou cada gesto mal formado, cada feto desbotado, e caminhou a despedida dos que carregam o ventre da liberdade.
Voltou-se ao oratório dos Sonhos, pediu bênçãos e partiu...

Vislumbrando auroras caminha, silenciosa, pelas cifras do destino.