sábado, 21 de julho de 2012

Espelho de lithium, saliva-me!
Sedenta boca neurótica.
Na virtual ótica
 de um sistema milenar,
nosso secreto caminho de volta para o lar.
Concreto carbônico 
na garganta de putas velhas
Invaginam-se por suas entranhas

tudo o que sopras ao mar
Blues com poeira e sangue!
Arrotas, novas rotas!
Urinas, no porão do meu mar!
Colônia exalando por todos os portos,
arrancando-me os seios e a língua,
torna-se pátria uma íngua perpétua,

em meu genético caminhar.
Um sol de pedras tolas,reluzentes,rabiscam
verdades dementes
Num reflexo gutural,

entre tacapes e usinas,
cédulas,fumaça e neblina

É tudo o que se ouve de lá!
Sem ereção,

nem Pasárgadas,
gozam sobre seus reflexos.
Tem orgasmos,
sob prescrição médica.
É tudo perfeito na ferrugem do meu lar!
Sereias com rabo de imã,

regurgitam marcas, 
pesos, 
medidas...
em toda máquina celeste
de uma mesa hospitalar.
Deus das maçãs,

das vulvas...
Dai-me espelhos,
e o calor imaginário de um olhar!
Eis-me aqui!
Eis-me, aqui!
Eis-me!
Ex-mim!