sábado, 26 de março de 2011

E na fala de um estranho me reconheço...mal sabe que entoa minha 'quase vida' por entre fios agudos de uma poética musical pós surrealista.
Devaneios e suposições recheados na manteiga...o grito me sacode na abrupta membrana de um sonho leviano em que ousei-me, ao banhar a carne flácida das punhetas diárias.
Nestes passos escrotos, cheios de uma veloz ilusão, vou riscando minha existência em olhos alheios aos meus.É tudo 'quase vivo' por aqui... um céu envelhecido e descascado, como  a fragilidade dos retratos,não resistiu à acidez dos futuros.
Rosas, Margaridas, Violetas  trepam por todos lados em busca de luz...sem olhos e sexo  devoram caminhos.
Multidões de Romeus e Julietas,em transes e transas coletivas, levitam em espirais coloridos carregando o peso de seus sorrisos sucateados por outras ' liberdades'.