E na fala de um estranho me reconheço...mal sabe que entoa minha 'quase vida' por entre fios agudos de uma poética musical pós surrealista.
Devaneios e suposições recheados na manteiga...o grito me sacode na abrupta membrana de um sonho leviano em que ousei-me, ao banhar a carne flácida das punhetas diárias.
Nestes passos escrotos, cheios de uma veloz ilusão, vou riscando minha existência em olhos alheios aos meus.É tudo 'quase vivo' por aqui... um céu envelhecido e descascado, como a fragilidade dos retratos,não resistiu à acidez dos futuros.
Rosas, Margaridas, Violetas trepam por todos lados em busca de luz...sem olhos e sexo devoram caminhos.
Multidões de Romeus e Julietas,em transes e transas coletivas, levitam em espirais coloridos carregando o peso de seus sorrisos sucateados por outras ' liberdades'.
muito bom!
ResponderExcluirrecheadinho de manteiga! (:
Lembro dor ar, da terra, da brisa que não faz balançar meus cachos rígidos, do mar, das estrelas e de cada elemento ao meu redor.
ResponderExcluirQuando penso novamente, esqueço cada pedaço da minha história, de passagens de minha história, de passagens da história como um todo, de passagens bíblicas.
Lembro de contar para cada pessoa que gosto do quanto adoraria ser feliz apenas mostrando um grande e largo sorriso.
Lembro, de no momento seguinte, perceber que cada sorriso que dei nunca teve nenhum pingo de sinceridade, e todos expressavam o que eu queria, mas nunca o que eu era.
Cada momento lembro algo diferente. Cada elemento me lembro algo diferente. Não consigo combiná-los, embora combine seus significados pobres em distorção.
Deixei que o vento levasse cada uma de minhas memórias. Deixei que minhas memórias levassem minhas intenções como as brisas levam as folhas.
Oro ao senhor que me perdoe. Oro ao senhor que me esqueça. Oro ao senhor que me deixeem paz. Oro ao senhor que faça da vida dos outros outros o que tem feito à minha. Oro ao senhor que me respeite, e me perdoe. Oro, oro, oro.
Ora, oro. Hora oro. Hora não oro. Hora peço perdão, hora peço inclusão, hora não oro e nada peço.
Cada palavra que sai de minha boca é uma palavra sincera da qual me abstenho de guardar. Cada palavra é uma coisa sincera que sai de minha alma. Mas não é sincero o que sai de minha boca.
Amo, odeio, adoro, irrito, amo, irrito, amo, odeio, entedio. Me entedio. Entedio quem quer que seja. Amo, desamo. Mas não deixo de amar.
Como gostaria...
__________________________________________
Dedico este texto à você e à mim.
Você sabe quem é.