Me descubro esquizofrênica,a cada afeto que dou vida, vivo camadas de sub realidade.Surreal esta minha expressão de um impressionismo meio barroco,quase dadaísta...
Nestes bulbos ,fixos pelo magma da minha invisibilidade,recorro à Mnemósine que em seu útero helicoidal,gera minha loucura por contrários.
No templo de meus tempos meninos,lanço-me ao colo sonoro de Orfeu...em cantos,encanto-me.
Arranco o barbante da pipa e estendo-o sobre uma fenda qualquer do infinito,que desvela-se em raios de sol.O girassol no carrossel,abraços de brisa...
Oro por horas ao tempo-rei,que escondo na barriga sob os cuidados de borboletas pluricoloridas.
Quis banhar-me nas volúpias águas,onde habita o húmus,útero primordial das palavras-meninas, inda mal formadas.
Banhada desta vadia vontade,nua das culpas,das certezas,das verdades...sigo fluída pelo rio das vontades...grávida de esquecimentos.