segunda-feira, 23 de abril de 2012

Me descubro esquizofrênica,a cada afeto que dou vida, vivo camadas de sub realidade.Surreal esta minha expressão de um impressionismo meio barroco,quase dadaísta...
Nestes bulbos ,fixos pelo magma da minha invisibilidade,recorro à Mnemósine que em seu útero helicoidal,gera minha loucura por contrários.
No templo de meus tempos meninos,lanço-me ao colo sonoro de Orfeu...em cantos,encanto-me.
Arranco o barbante da pipa e estendo-o sobre uma fenda qualquer do infinito,que desvela-se em raios de sol.O girassol no carrossel,abraços de brisa...
Oro por horas ao tempo-rei,que escondo na barriga sob os cuidados de borboletas pluricoloridas.
Quis banhar-me nas volúpias águas,onde habita o húmus,útero primordial das palavras-meninas, inda mal formadas.
Banhada desta vadia vontade,nua das culpas,das certezas,das verdades...sigo fluída pelo rio das vontades...grávida de esquecimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário