sexta-feira, 8 de junho de 2012

É tão bonito meu quarto,
Cheio dos movimentos que faço toda,atrasada,manhã
antes que vendam meu dia.
Nietzsche equilibrando-se sobre os conceitos pragmáticos do Aurélio,
subverte a organização da minha pilha de nervos frasais.
Entre uma mitologia e outra, brota das cinzas de um falecido incenso,uma flor...é Drummond!Entrecortando meus olhos,minha carne,meus sentidos,com suas navalhas poéticas.
E desta selva de pedaços meus,desvelam-se as identidades do meu pó(ético) ser.
Das fivelas enfeitadas do meu couro,
decoro cores,lenços,quartzos...teias de sonhos encravada,desde a vida,no meu terceiro olho.
Há Frida nas flores bordadas,borradas no vestido-diário dos meus corpos pueris,
Na argila das minhas mãos cochila,vadio,o infinito em suas formas,existindo na vaga brisa dos meus curiosos dedos.
Em 1/4 de silêncio,avisto a brancura futura de meus dentes,o cheiro que compro,o brilho de meus cabelos e seus desdobramentos,nos ml's de mil frascos.
Ré...penso-me nua de marcas,prazos,cremes,e televisão...
Nu quadrado,
Pendurando minhas escolhas,meus caminhos em repouso,minha roupa de horas...
Nu quadrado,
Contendo,nas veias desarrumadas do lençol,na fundura das madrugadas na cama,
Meu peso do mundo,meus retalhos de segredo,meus soníferos reflexos espelhados na obscuridade infantil de existir.

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